EJA, uma educação de segunda classe? A escrita de si para refletir sobre a educação de jovens e adultos
DOI:
https://doi.org/10.33361/RPQ.2025.v.13.n.35.870Palavras-chave:
Autobiografia, Educação de Jovens e Adultos, Educação reflexiva, EscrevivênciaResumo
Este artigo tem como objetivo desenvolver uma reflexão acerca da EJA, a partir do exercício da escrita de si, unido ao entendimento sobre como a modalidade tornou-se uma política pública, podendo, inclusive, contribuir para a formação continuada dos/das estudantes. Como percurso metodológico, optamos por uma abordagem qualitativa, descritiva, tendo como base a escrevivência, a narrativa autobiográfica e a pesquisa bibliográfica. Deste modo, como a Educação de Jovens e Adultos tornou-se uma política pública e como esta pode contribuir na formação dos/as indivíduos? Como resultado, este artigo nos leva a refletir sobre: os processos educacionais no Brasil e a precarização da educação ao longo da história do país; os estigmas sobre a EJA; e sobre a experiência e a oportunidade para enquadrar o/a aluno/a na idade-série ideal. Ao longo da sua existência, a EJA vem passando por processos de valorização e desvalorização que impactam diretamente na evasão.
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