Ser professor-pesquisador com a investigação matemática: uma narrativa autobiográfica visada com fenomenologia
DOI:
https://doi.org/10.33361/RPQ.2025.v.13.n.35.996Palavras-chave:
Pesquisa autobiográfica, Fenomenologia, Educação Matemática, Filosofia da Educação Matemática, Investigação MatemáticaResumo
Neste trabalho trago uma narrativa autobiográfica que expõe algumas experiências vividas enquanto professor-pesquisador com a Investigação Matemática. Ao visá-la com a fenomenologia, interrogando o que ela revela sobre a constituição desse modo de ser, eu, um professor-pesquisador, se evidenciaram quatro invariantes, quais sejam: onde e com quem se deu/dá essa constituição, a presença da pesquisa e o dar-se conta das experiências havidas. Hermeneuticamente, esses aspectos me conduzem a compreender que o ser professor-pesquisador se constituiu com o estar aqui na universidade e lá na escola enquanto modos de estar, nesses ondes, existencialmente e não georreferenciados. Se constituiu como ser-descobridor que realizou-se pelo perguntar e descobrir as coisas pela pesquisa. Se constituiu com o dar-se conta das experiências havidas e, com isso, dispondo-se para a angústia. Mas, sobretudo, se constituiu como um modo de ser determinado pelo com: com a Investigação Matemática, com o outro e com o mundo.
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