Cartografia e imaginário: encruzilhadas teórico-metodológicas nos territórios da pesquisa em educação
DOI:
https://doi.org/10.33361/RPQ.2023.v.11.n.28.608Palavras-chave:
Cartografia, Imaginário, Pesquisa, EducaçãoResumo
Neste texto, traçamos linhas do que acreditamos ser o território limiar entre o pensamento cartográfico de Gilles Deleuze e Félix Guattari e a teoria antropológica do imaginário de Gilbert Durand, a fim de contribuir com uma perspectiva epistemológica para a pesquisa em Educação. Refletimos como a articulação entre elementos teórico-metodológicos da cartografia e da antropologia do imaginário podem colaborar para a inserção de narrativas dissidentes no campo investigativo e epistemológico da Educação. Para tanto, lançamos mão das seguintes dimensões: recorrências estéticas, na qual são associados apontamentos relacionados à apreensão do mundo pelo sensível e à valorização das imagens; e releituras epistemológicas, cujas associações teóricas remetem à destruição ontológica do Sujeito e à prevalência dos movimentos dinâmicos. Argumentamos que, diante de sistemas de pensamento singulares, demarcados territorialmente, as experimentações vivenciadas no fazer-pesquisa em Educação, através da construção de cartografias que contemplem as derivas imaginantes, são sugestivas da abertura à errância, à dissidência produtora de subjetividades no interior do campo educacional.
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