Na busca por uma escrita encarnada: para que histórias sensíveis possam ser produzidas na pesquisa, na escola e na vida
DOI:
https://doi.org/10.33361/RPQ.2025.v.13.n.35.1091Palavras-chave:
Escrita encarnada, Escrita narrativa, Formação de professores, Educação antirracista, Comunidade escolarResumo
O artigo propõe pensar o percurso de uma pesquisa educativa imbricada com o campo, com questões colocadas a partir do que acontece na escola e das reflexões surgidas na escrita. Ao romper com a explicaçãoO artigo propõe pensar o percurso de uma pesquisa educativa imbricada com o campo, com questões colocadas a partir do que acontece na escola e das reflexões surgidas na escrita. Ao romper com a explicação e apostar na descrição, surge a disponibilidade para escutar e narrar o que as crianças têm a dizer do que vivem em uma escola municipal. Do se deixar afetar, emerge uma escrita encarnada, atenta às histórias construídas e à abertura para que histórias sensíveis sejam produzidas e deslocamentos se deem em quem habita a escola, incluindo a pesquisadora, professora universitária em permanente processo formativo. A literatura infantil se mostrou lugar de acolhimento às diferenças e de ampliação do mundo. Interessou trazer, como recorte do doutoramento, cenas provocadas por questões raciais com o intuito de pensar a contribuição de pesquisas qualitativas em educação para a emergência de formas outras de se ver e estar no mundo.
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