A lógica da pesquisa qualitativa e os modos de procedimentos nela fundados
DOI:
https://doi.org/10.33361/RPQ.2021.v.9.n.22.507Resumo
Neste artigo, são trazidos os modos pelos quais se compreende a lógica da pesquisa, qualquer que seja. É entendido que a lógica é constituinte da pesquisa, focada na civilização do mundo ocidental. Para dar conta dessa afirmação, é apresentada uma tessitura entre a lógica já mencionada nos trabalhos dos filósofos pré-socráticos, quando aparece de modo difuso da lógica, entendida como princípio puro, por Platão, que traz uma maneira nova de concebê-la; a modificação de paradigma da lógica da investigação com Euclides, que também traz um novo; e o novo na pesquisa instituída por Galileu. É colocada a questão se caberia ser mantida uma polêmica entre pesquisa quantitativa versus qualitativa. Explicita-se que, do ponto de vista do movimento do próprio conhecimento, essa polêmica não cabe e não se mantém. Argumenta-se que essa dicotomia se mantém em termos político-ideológicos, visando ao poder. Explicitam-se as visões de mundo, de conhecimento, de rigor implícitas à investigação qualitativa e expõe-se a lógica que a subjaz. Esta é uma lógica que caminha junto à interpretação dos dados construídos pela pessoa – e sua equipe - que investiga o indagado, expressa em textos mediante a linguagem. Explicita-se que a interpretação exige um trabalho árduo, não passível de ser pautado em um modelo apriorístico e geral; que está longe de ser subjetivo e embasado em emoções que sustentem opiniões; que é sempre um trabalho intersubjetivo que avança no diálogo lógico-racional entre pessoa investigadora-texto-contexto-estudos que dizem do investigado.
Palavras-chave: Lógica; Pesquisa; Pesquisa qualitativa; Pesquisa quantitativa.
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Referências
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