A representação social da arte da pintura do ventre materno para gestantes

Autores

  • Júnia Aparecida Laia da Mata Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (FEnf/Unicamp).
  • Antonieta Keiko Kakuda Shimo Faculdade de Enfermagem da Unicamp.

Resumo

Resumo: Objetivou-se identificar a representação social da Arte da Pintura do Ventre Materno para gestantes. Pesquisa exploratória, qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici. O cenário foi uma unidade de Estratégia de Saúde da Família de Curitiba, PR, Brasil. Participaram 10 gestantes, com idade gestacional de 24 semanas ou mais. A coleta ocorreu entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, envolvendo: aplicação da Arte da Pintura do Ventre Materno, fotografia, filmagem, entrevista e diário de campo. Adotou-se a análise temática de conteúdo, de Bardin. Emergiu a representação social ‘eu imagino, eu vejo, me conecto e me aproximo do meu bebê’, elucidando que a arte promoveu nas gestantes experiências do núcleo subjetivo da vinculação ou de amor.

Palavras-chave: Arte; Pintura; Gravidez; Amor; Apego ao Objeto.

 

The social representation of the art of painting the maternal womb for the pregnant woman

Abstract: The aim was to identify the social representation of the Art of Painting the Maternal Womb in pregnant women. Exploratory and qualitative research, based on the theory of Social Representations, by Serge Moscovici. The environment was a unit of Strategy in Family´s Health in Curitiba, PR, Brazil. It was studied 10 pregnant women, with gestational age of 24 weeks or over it. The collection happened between October 2015 and January 2016 through: painting application of the maternal womb, photograph, filming, interview and field diary. The analysis was based on the thematic analysis of content, by Bardin. Emerged the social representation “I imagine, I see, I connect and I approach of my baby”, elucidating that living this art, brings to pregnant women experiences of subjective attachment nucleus or of love.

Keywords: Art; Paint; Pregnancy; Love; Object Attachment.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Júnia Aparecida Laia da Mata, Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (FEnf/Unicamp).

Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas- FEnf/UNICAMP (2017). Mestre em Educação e Saúde na Infância e Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo- Unifesp (2011). Pós-Graduada em Enfermagem Obstétrica (2007). Pós-Graduada em Saúde da Família (2009). Graduada em Enfermagem (2007). Membro do Grupo de Pesquisa em Saúde da Mulher e do Recém-Nascido da FEnf/UNICAMP. Enfermeira Obstetra na Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (IEP/Feaes). Possui Experiência na Área de Enfermagem, Ensino e Pesquisa, com Ênfase em Saúde Materno- Infantil.

Antonieta Keiko Kakuda Shimo, Faculdade de Enfermagem da Unicamp.

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1976), mestrado em Enfermagem Fundamental pela Universidade de São Paulo (1983) e doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1995). Atualmente é professor doutor da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde da Mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: aleitamento materno, saúde e direitos reprodutivos, direitos e saúde sexual com abordagem em gênero e saúde da família. É líder do Grupo de Pesquisa " Saude da Mulher e do Recém-nascido" cadastrado no CNPq.

Referências

ALHUSEN, J. L. A literature update on maternal-fetal attachment. Journal of Obstetric, Gynecologic, & Neonatal Nursing, Thousand Oaks, Calif, v. 3, n. 37, p. 315-328, 2008.

AULAGNIER, P. Um intérprete em busca de sentido. 1 ed. São Paulo: Escuta, 1990.

AULAGNIER, P. Nacimiento de un cuerpo, origen de una historia. In: HORSTEIN L. (Org.). Cuerpo, historia, interpretación: Piera Aulagnier - de lo originario al proyecto indentificatorio. 2 ed. Buenos Aires: Paidós, 1994. p. 117-170.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 5 ed. Lisboa: Edições 70, 2009.

BOWER, T. G. R. The perceptual world of the child. 1 ed. Londres: Fontana, 1977.

BRAZELTON, B.; CRAMER, B. As primeiras relações. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] União. Brasília: Distrito Federal, 2012.

BRETHERTON, I. Attachment theory: retrospect and prospect. In: BRETHERTON, I.; WATERS, E. (Eds.). Growing Points of Attachment Theory and Research. Monographs of the Society for Research in Child Development, New Jersey: University of Chicago Press, 1985. p. 3-35, 1985.

CAMARNEIRO, A. P. F. Vinculação pré-natal e organização psicológica do homem e da mulher durante a gravidez: relação com o tipo de parto e com a patologia obstétrica dos II e III trimestres de gestação. 2011. 694 f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa, Portugal, 2011.

CANNELLA, B. L. Maternal-fetal attachment: an integrative review. Journal of Advanced Nursing, Oxford, Inglaterra, GB, v. 50, n.1, p. 60-68, 2005.

CHAZOTTE, C. et al. Maternal depressive symptoms and maternal–fetal attachment in gestational diabetes. Journal of Women’s Health, New Rochele, v. 4, n. 4, p. 375-380, apr. 1995.

COLMAN, L.; COLMAN, A. Gravidez - a experiência psicológica. 1 ed. Lisboa: Colibri, 1994.

CONDON, J. T.; CORKINDALE, C. The correlates of antenatal attachment in pregnant women. British Journal of Medical Psychology, Letchworth Herts, Inglaterra, GB, v. 70, n.4, p. 359-372., 1997.

CONDON, J. T. The assessment of antenatal emotional attachment: development of a questionnaire instrument. British Journal of Medical Psychology, Letchworth Herts, Inglaterra, GB, v. 66, n. 2, p. 167-183, 1993.

CRAMER, B. Are postpartum depressions a mother-infant relationship disorder? Mental Health Journal, v. 14, n. 4, p. 283-297, 1993.

DIPIETRO, J. A. Psychological and psychophysiological considerations regardin the maternal-fetal relationship. Infant and Child Development, v. 19, n. 1, p. 27-38, 2010.

FERRARI, A. G; PICCININI, C. A; LOPES, R. S. O bebê imaginado na gestação: aspectos teóricos e empíricos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 305-313, maio/ago. 2007.

FONTANELLA, B. J. B.; RICAS, J.; TURATO, E. R. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 17-27, 2008.

GOMES, A. G.; PICCININI, C.; PRADO, L. C. Psicoterapia pais-bebê no contexto da malformação do bebê: repercussões no olhar da mãe acerca do desenvolvimento do bebê. Revista de Psiquiatria RS, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 95-104, 2009.

HEIDRICH, S. M.; CRANLEY, M.S. Effect of fetal moviment, ultrasound scans, and amniocentesis on maternal-fetal attachment. Nursing Research, New York, v. 38, n. 2, p. 81-84, mar./apr. 1989.

HONJO, S. et al. Antenatal depression and maternal-fetal attachment. Psychopathology, Basel, v. 36, n. 6, p. 304-311, 2003.

LINDGREN, K. Relationships among maternal-fetal attachment, prenatal depression, and health practices in pregnancy. Research in Nursing and Health, New York, v. 24, n. 3, p. 203-217, 2001.

MATA, J. A. L. Vivência da Arte da Pintura do Ventre Materno por Profissionais e Gestantes: Histórias, Emoções e Significados. 2017. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, 2017.

MORAES, M. H. C. A clínica da maternidade: os significados psicológicos da depressão pós-parto. 2010. 176 p. Tese (Doutorado em Psicologia)- Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, 2010.

MOSCOVI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

PICCININI, C. A. et al. Expectativas e sentimentos da gestante em relação ao seu bebê. Psic. Teor. e Pesq., Brasília, v. 20, n. 3, p. 223-232, set./dez. 2004.

PICCININI, C. A. et al. Percepções e sentimentos de gestantes sobre o pré-natal. Psic. Teor. e Pesq., Brasília, v. 28, n. 1, p. 27-33, jan./mar. 2012.

PRIEL, B.; BESSER A. Vulnerability to postpartum depressive symptomatology: Dependency, self-criticism and the moderating role of antenatal attachment. Journal of Social & Clinical Psychology, New York, v. 18, n. 2, p. 240-253, 1999.

RAPHAEL-LEFF, J. Gravidez: a história interior. Reino Unido: Karnac Books Ltd, 2015.

RAPHAEL-LEFF, J. Psychological Processes of Childbearing. 4 ed. Great Britain: The Anna Freud Centre, 2009.

RIGHETTI, P. L. et al. Maternal/paternal antenatal attachment and forth-dimensional ultrasound technique: a preliminary report. British Journal of Psychology, London, v. 96, n. 1, p. 129-137, feb. 2005.

SANDBROOK, S. P.; ADAMSON-MACEDO, E. N. Maternal-fetal attachment: searching for a new definition. Neuroendocrinology Letters, United Kingdon, v. 25, Suppl. 1, p. 169-182, 2004.

SEDGMEN, B. et al. The impact of two-dimensional versus three-dimensional ultrasound exposure on maternal–fetal attachment and maternal health behavior in pregnancy. Ultrasound obstet. gynecol., Carnforth, v. 27, n. 3, p. 245–251, mar. 2006.

SHIEH, C.; KRAVITZ, M.; WANG, H. What do we know about maternal-fetal attachment. The Kaohsiung Journal Medical Sciences, Taiwan, v. 17, n. 9, p. 448-454, Sept. 2001.

SOLIS-PONTON, L. Ser pai, ser mãe- parentalidade: um desafio para o terceiro milênio. 1 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

VEDOVA, A. M. D.; DABRASSI, F.; IMBASCIATI, A. Assessing prenatal attachment in a sample of Italian women. Journal of Reproductive and Infant Psychology, v. 26, n. 2, p. 86-98, 2008.

YARCHESKI, A. et al. A meta-analytic study of predictors of maternal-fetal attachment. International Journal of Nursing Studies, Elmsford, v. 46, n. 5, p. 708-715, may, 2009.

Publicado

2017-07-12

Como Citar

Mata, J. A. L. da, & Shimo, A. K. K. (2017). A representação social da arte da pintura do ventre materno para gestantes. Revista Pesquisa Qualitativa, 5(8), 250–268. Recuperado de https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/113