Um estudo fenomenológico sobre o filme “a pele que habito”

Autores

  • Maria Aparecida Viggiani Bicudo UNESP
  • Débora Candido de Azevedo Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.33361/RPQ.2018.v.6.n.11.199

Resumo

Resumo: Este estudo da película A Pele que Habito foi realizado da perspectiva fenomenológica e traz uma descrição do filme tomado como a coisa, ela mesma, mote da fenomenologia, lançando luz sobre o que ele nos traz, como a pele que eu habito. Buscamos compreender do que se trata essa pele, olhada na totalidade do corpo-vivente entendido como unidade física-psíquica-espiritual que, na temporalidade e espacialidade do mundo-vida que habita junto aos outros, vivencia experiências e se dá conta de si, vivenciando-as. Nosso estudo aponta para a compreensão de que a pele que eu habito diz do corpo-vivente que sou no fluxo contínuo das vivências que vão se entrelaçando e constituindo, pelos atos da consciência, pelas retenções e protensões do vivenciado, estilos de modos de ser da pessoa olhada em todos seus aspectos, destacando-se as diferenças e nuanças do modo de ser pessoa do sexo masculino e do sexo feminino.

Palavras-chave: Fenomenologia; Corpo-vivente; Antropologia dual; A Pele que Habito.

 

A phenomenological study on the movie “the skin i live in”

Abstract: This study on the film The Skin I Live In was carried out from the phenomenological perspective, describing it as the thing itself, theme of phenomenology, shedding light on what it brings to us, as the skin I live in. We attempted to understand what this skin is about, seen from the wholeness of the lived body understood as physical-psychical-spiritual3 unit that, in the temporality and spatiality of the life-world that live next to others, senses experiences, and realizes itself, experiencing them. Our study points to the comprehension that the skin I live in represents the lived body that I am in the continuous flow of experiences that intertwine and become, through acts of conscience, retentions and protensions of the experienced, styles of being of the person, seen considering all aspects, highlighting differences and shades of the mode of being of the male and female genders.

Keywords: Phenomenology; Lived body; Dual anthropology, The Skin I Live In.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Maria Aparecida Viggiani Bicudo, UNESP

Professora Titular de Filosofia da Educação, aposentada. UNESP – Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro. Professora do Programa de Pós-Graduação em educação Matemática, UNESP/IGCE-Rio Claro; Pesquisadora 1-A do CNPq; Presidente da Sociedade de Estudo e Pesquisa Qualitativos.

Débora Candido de Azevedo, Universidade Paulista

Psicóloga clínica e Mestre em Educação, docente da Universidade Paulista - UNIP e 1ª. Tesoureira da Sociedade de Estudos e Pesquisas Qualitativos.

Referências

A PELE QUE HABITO (La piel que habito). Ano: 2011. País: Espanha. Diretor: Pedro Almodóvar. Roteiro: Pedro Almodóvar e Agustín Almodóvar. Atores principais: Antonio Banderas, Elena Anaya e Jan Cornet. Duração: 115 minutos

ALES BELLO, A. Tutta colpa di Eva. Antroplogia e religione dal femminismo alla gender theory. Roma: Lit. Edizioni Srl, 2017.

ALES BELLO, A. Pessoa e Comunidade. Comentário: Psicologia e Ciência do Espírito de Edith Stein. Tradução de M. Mahfoud e Ir. J. T. Garcia. Belo Horizonte: Ed. Artesã, 2015.

BARBARIZ, T. A. M. A construção do conhecimento Matemático em um curso de Matemática à Distância. 2017. 451f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2017. Disponível em: <http://bit.ly/2FeSSMR>. Acesso: 1 mar. 2018.

BICUDO, M.A.V. Pesquisa qualitativa segundo a visão fenomenológica. 1. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2011.

BICUDO, M. A. V. A constituição do objeto pelo sujeito. In: TOURINHO, C.D.C. (Org.). Temas em Fenomenologia. A tradição fenomenológico-existencial na filosofia contemporânea. 1. ed. Rio de Janeiro: Booklink, 2012. p. 77-95.

BREDER, D.; COELHO, P. Desvelando imagens: o visível e o invisível na pele que habitamos. Revista Estudo Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1489-1502, set./dez. 2017.

FREIRE, A. B. O que faz um corpo? Comentário em torno d’“A pele que habito”. Latusa, Rio de Janeiro, n. 47, p. 1-6, dez. 2011.

HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução de Márcia de Sá Cavalcanti. Petrópolis: Vozes, 1988.

HUSSERL, E. The Crisis of European Sciences and Transcendental Phenomenology. Tradução para o inglês de David Carr. Evanston: Nothwestern University Press, 1970.

HUSSERL, E. Lições para uma Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo. Lisboa: Imprensa Nacional da Casa da Moeda, 1994.

HUSSERL, E. Idee per una fenomenologia pura e per uma filosofia fenomenológica. Torino: Einaudi, 2002.

MARIA POESIA. Resenha do filme “A pele que habito” (04.01.2012). Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/3421619>. Acesso em: 05 fev. 2018.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. Tradução de Carlos Alberto de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.o

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. Tradução de Carlos Alberto de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.o,

-6186 –

MINKOWISK, E. Le Temps Vécu. Paris: Presse Universitaire de France, 1995.

PESSANHA, J. G. Instabilidade Perpétua. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.

POMPÉIA, J. A.; SAPIENZA, B.T. Na presença do sentido: uma aproximação fenomenológica a questões existenciais básicas. 2. ed. São Paulo: EDUC; ABD, 2014.

SILVA, A. A. A produção do conhecimento em educação matemática em grupos de pesquisa. 2017. 586f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2017. Disponível em: <http://bit.ly/2ozgvWW>. Acesso em: 01 mar. 2018.

VIANNA, A. M. V. “A pele que habito” e a dupla subversão de gênero. Blog da Revista Espaço Acadêmico, Ano XVII, mensal, 23/03/2013. Disponível em: https://espacoacademico.wordpress.com/2013/03/27/a-pele-que-habito-e-a-dupla-subversao-de-genero/. Acesso em: 02 fev.2018.

Publicado

2018-08-01

Como Citar

Bicudo, M. A. V., & Azevedo, D. C. de. (2018). Um estudo fenomenológico sobre o filme “a pele que habito”. Revista Pesquisa Qualitativa, 6(11), 280–327. https://doi.org/10.33361/RPQ.2018.v.6.n.11.199

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>